Hoje, observando Aurora numa loja, admirada com brinquedos para bebês, alguns dos quais ela mesma já teve, tive uma epifania: ela, que já não é uma recém-nascida, senão, uma criança que se prepara para despedir-se da primeira infância, tomou aqueles brinquedos nas mãos com um pathos - longing, em inglês, na falta de expressão mais precisa no momento - de quem superou uma dificuldade - todo bom brinquedo deve apresentar uma dificuldade à criança, adequado a cada fase do desenvolvimento do intelecto - e olhava para ele admirada com a sua própria força e inteligência, de descobrir o que faz certo botão, "o que acontece se eu apertar aqui?", de perceber padrões: "esse brinquedo eu não conheço, mas se parece com aquele que conheço: devo apertar algo colorido aqui para ouvir um barulho divertido", a alegria de perceber cores e sons: estímulos aos sentidos, etc.; um proto-orgulho de conhecer, assim dizendo.
Ora, não é isso o que fazemos todos, no mercado-público da vida? Às vezes nós mesmos, talvez para sempre e em cada época da vida, não tomamos nas mãos algo conhecido; não damos um passo atrás para recuperar um pouco do nosso orgulho, talvez estimular a nossa coragem a seguir em frente: "veja só, eu mesmo, fui capaz de superar tal desafio, que me apavorara, e o resultado disso - surpresa! - me alegrou! Vamos fazer de novo?! Então vamos!"?
Para o eterno-retorno: amor-fati.
Ora, não é isso o que fazemos todos, no mercado-público da vida? Às vezes nós mesmos, talvez para sempre e em cada época da vida, não tomamos nas mãos algo conhecido; não damos um passo atrás para recuperar um pouco do nosso orgulho, talvez estimular a nossa coragem a seguir em frente: "veja só, eu mesmo, fui capaz de superar tal desafio, que me apavorara, e o resultado disso - surpresa! - me alegrou! Vamos fazer de novo?! Então vamos!"?
Para o eterno-retorno: amor-fati.
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