quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Soneto Nº1 (Da Alma Prodigalizada)

Soneto d’Alma Prodigalizada

 

 Deleuze se jogou da janela 

Paul Lafargue bebeu cicuta

Nietzsche esperou por ela,

A morte, aquela filha da puta

 

Cristo foi pregado na cruz

A bala atravessou Che Guevara

E também o poeta andaluz

A monstruosidade fuzilara

 

Giordano ardeu na fogueira

Victor Jara cantou na tortura

Nessa hora, poucos têm coragem

 

De tingir de vermelho a bandeira

Com altivez e vontade mais pura

Findar sua grande viagem

 

Juliano Berko,

25/01/23.