No começo desse ano eu lamuriava sobre minha vida... hoje, mais calmo, mais decantado, posso perceber alguma beleza no acaso do meu destino. Segue-se o que publiquei no facebook no dia dos professores:
Há uns 10 anos, quando no meio do ensino médio, eu já havia decidido o
que faria da minha vida produtiva: ser professor. Foi um grande lance de
honestidade para comigo mesmo. Não é uma questão de diminuir outras
carreiras por proselitismo da minha: cada um que escolha seu caminho de
vocação e colha seus frutos.
De minha parte, não posso evitar de falar do imenso orgulho que transborda para além de mim em relação - não ao que se espera da educação pública, dado o seu contexto estrutural e seu papel político na reprodução da sociedade - mas, ao que eu faço nesse contexto e nesse espaço político; ao quanto eu aprendo muito, demasiado além do que ensino; às possibilidades de reconhecimento do espaço da vida e de reconhecer-se no mundo que a educação, num permanente diálogo, proporciona.
O reconhecimento dos meus alunos - mais do que o despeito de quem quer que seja - e a minha autocrítica atestam que aí eu fiz a escolha mais certa para a minha vida até aqui.
Hoje estamos em greve devido ao absoluto descompromisso do governo para com os acordos firmados com a carreira, garantidos em lei - e que é o mínimo para a construção de uma educação melhor em qualquer sentido! Se nem o mínimo nos é garantido, não podemos esperar grandes mudanças nos aspectos mais gerais e estruturais que determinam a forma, conteúdo e função da educação.
Porém, quando me recordo de todos os momentos magníficos que pude experimentar nesses últimos 3 anos, sou arrebatado por um jubiloso anseio de estar em sala de aula novamente, onde eu mesmo me reconheço como um eterno aprendiz, amador, amante da vida. Se algo desse sentimento puder ser ensinado, já cumpri com alguma nobreza o meu papel. Grato, amigos professores e alunos, pela companhia nessa senda!
De minha parte, não posso evitar de falar do imenso orgulho que transborda para além de mim em relação - não ao que se espera da educação pública, dado o seu contexto estrutural e seu papel político na reprodução da sociedade - mas, ao que eu faço nesse contexto e nesse espaço político; ao quanto eu aprendo muito, demasiado além do que ensino; às possibilidades de reconhecimento do espaço da vida e de reconhecer-se no mundo que a educação, num permanente diálogo, proporciona.
O reconhecimento dos meus alunos - mais do que o despeito de quem quer que seja - e a minha autocrítica atestam que aí eu fiz a escolha mais certa para a minha vida até aqui.
Hoje estamos em greve devido ao absoluto descompromisso do governo para com os acordos firmados com a carreira, garantidos em lei - e que é o mínimo para a construção de uma educação melhor em qualquer sentido! Se nem o mínimo nos é garantido, não podemos esperar grandes mudanças nos aspectos mais gerais e estruturais que determinam a forma, conteúdo e função da educação.
Porém, quando me recordo de todos os momentos magníficos que pude experimentar nesses últimos 3 anos, sou arrebatado por um jubiloso anseio de estar em sala de aula novamente, onde eu mesmo me reconheço como um eterno aprendiz, amador, amante da vida. Se algo desse sentimento puder ser ensinado, já cumpri com alguma nobreza o meu papel. Grato, amigos professores e alunos, pela companhia nessa senda!
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