Um casal nem sempre - ou, melhor dizendo, quase nunca - representa uma soma de duas potências humanas. Nem tanto pela forma do casamento em si - se bem que, a uma distância certa, adequada a cada caso, qualquer relacionamento humano é saudável (penso na minha mãe... como nos faz bem 2 mil quilômetros de distância!) -, senão e sobretudo por uma questão de hábito e estilo de vida hegemônicos entre os indivíduos. Hábitos de vida ou de consumo - que diferença há aí, senão de uma linguagem hipócrita? A "lei" da conservação de energia - e o que na existência inteira exige mais energia que o aprimoramento do espírito? Se eu pudesse deixar um testemunho à humanidade seria: aprenda a ler, humanidade! - leva à adoção de hábitos letárgicos, ao consumo de tudo aquilo dotado de virtu dormitiva: o consumo da opinião fabricada - e há uma infinidade delas nas prateleiras da ideologia! -, de modos de vida pré-concebidos - "endivide-se: é o único caminho para a felicidade! Que importam a autonomia, a liberdade, a consciência, a força, a honra ou o orgulho de um intelecto vaidoso? Seja igual a todos, assim será mais fácil passar por entre as portilhas estreitas da vida!": assim falam os lobos para seduzir um rebanho de cordeiros. Que engordem para o meu banquete! Pensar no seu sangue e carne salgados já me leva a salivar. E que tenho eu com os lobos? Eles são meus cães!
Portanto: junte-se duas pessoas que - elas mesmas sendo a metade, ou ainda (bem!) menos, do que poderiam ser - e, tornando-se este o padrão, temos uma marcha, uma procissão de perder de vista, um espetáculo de mediocridade grassando por sobre a face da Terra. "Quando vi um santo cruzando com uma gansa a Terra me pareceu um sanatório", assim falou Zaratustra.
E bem deve residir aí, no anseio de gente-pela-metade por suas "caras-metades", uma preguiça e uma covardia jocosa, deveras.
Portanto: junte-se duas pessoas que - elas mesmas sendo a metade, ou ainda (bem!) menos, do que poderiam ser - e, tornando-se este o padrão, temos uma marcha, uma procissão de perder de vista, um espetáculo de mediocridade grassando por sobre a face da Terra. "Quando vi um santo cruzando com uma gansa a Terra me pareceu um sanatório", assim falou Zaratustra.
E bem deve residir aí, no anseio de gente-pela-metade por suas "caras-metades", uma preguiça e uma covardia jocosa, deveras.
Um indivíduo fatorial - 1! -? Um indivíduo elevado à ele mesmo - 1¹ -? Uma "roda que gira sobre si"? Apenas posso encontrar uma equivalência para tais questões no espelho. Todavia, uma imagem, uma projeção da luz, sobretudo, daquilo que ainda não existe.
Quis encontrar alguns pares para boas conversas... melhor sorte na próxima!
Quis encontrar alguns pares para boas conversas... melhor sorte na próxima!
"Fala o desapontado - "Eu esperava por um eco, e ouvi apenas elogio. -" [Aforismo 99, "Além do Bem e do Mal", Nietzsche]
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