1. Hoje, o que o mundo poderia ter a me dizer que não me faria ansiar por fazê-lo calar? Já nem me esforço por disfarçar o meu desprezo: o meu olhar de telescópio, todavia, é das poucas coisas que pode ampliar as pessoas pequenas, dada a acuidade da minha visão; também o que pode ver as estrelas e constelações em imagem mais aproximada de como elas são. A minha mão investigadora é o que pode elevar essas pessoas, ainda que uma brisa generosa possa carregá-las para longe de mim - grãos de poeira que são!
Como não me rir, com determinada circunspecção exercitada pelo espírito, do voluptuoso saltitar dessa gente; de seus gracejos e vaidades? Querem me alcançar e pensam que com isso, em algum momento e de alguma forma, podem me reduzir ao tamanho delas! Me rio! Contribuo para trazer alguma alegria ao mundo, o que enobrece.
Como não me rir, com determinada circunspecção exercitada pelo espírito, do voluptuoso saltitar dessa gente; de seus gracejos e vaidades? Querem me alcançar e pensam que com isso, em algum momento e de alguma forma, podem me reduzir ao tamanho delas! Me rio! Contribuo para trazer alguma alegria ao mundo, o que enobrece.
2. Há muito tem sido dito, não sem um espanto de quem descobriu uma ruga no espelho, que a tecnologia diminuiu o mundo. Como pode isso? Se é que algo nesse sentido pode ser dito é que a tecnologia nos ajuda a enxergar o mundo do tamanho que ele é e, talvez, sempre fora! Mas esse mundo, pequeno e desprezível, deve ser superado. Não há espanto que basta para essa empreitada. Que as tecnologias - os novos olhos, mãos, ouvidos e bocas para dizer, ver, ouvir e criar o novo - nos permitam perceber os recantos ainda inexplorados, os possíveis rearranjos das coisas no espaço - e do espaço nas coisas, um outro tempo -, um horizonte de possibilidades que alarga o mundo, enfim.
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