Naquele mesmo inferninho sujo de sempre, eles se despem com a lentidão que o hábito traz e, enquanto ele toca-a suavemente, deslizando as costas da mão no seu rosto; seu olhar por todo seu corpo, ele diz:
- Como a natureza pode ter sido tão generosa com um ser humano..!
Ela responde, envaidecida:
- Obrigada, gato!
Ele pensa consigo:
"Você é mesmo muito linda e meus anseios, desejos e sonhos quase caberiam todos no seu corpo, despendesse eu um tanto de esforço — mas eu estava falando de mim!"
—
Inferninho sujo? Que estou eu dizendo?! Estava falando de um recanto do bosque!
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