Muito pouco se compreende sobre o cristianismo, menos ainda sobre o
Cristo — esse "idiota", "santo anarquista", "o mais nobre dos judeus",
"hebreu que morreu jovem demais" [Nietzsche]. Ele é rememorado há 1700
anos, aproximadamente, como exemplo do destino daqueles que se lançam às
causas radicais, de tresvaloração dos valores: a cruz. Os canalhas se
escondem com suas moedas de prata; os covardes choram à sua sombra; os
que encarnam seu espírito dizem: "Que me importa a ira de um deus que
não sou eu? Ou mesmo a cruz da estúpida justiça humana?! Eu sou o
caminho, a verdade e a vida! Que me venham claudicantes louvar a boa-nova, que me importa?! Que me sigam — quem for capaz!" — e assim se fez, talvez, o mais elevado símbolo do
ateísmo que já houve por sobre a terra, o caminho da segunda inocência, a refutação de todo universal "Grande-Outro".
Onde os cristãos — o Império Romano e a Igreja — esconderam Dionísio — cortina de fumaça ante a constelação de arquétipos da mitologia dos gregos: no pobre Jesus Cristo. "Meu Deus, por que me abandonaste?" quer dizer: nunca se atreva à travessia do Cristo, pois, dela se afasta o divino — o que é a mentira contada pelo cristianismo desde sempre, apesar de nunca virar verdade.
Questão que se nos impõe: como ir além, como superar a morte na cruz? Ele se envergonhava do seu ódio aos hipócritas; da sua inveja dos poderosos, da sua maldade... e, por isso, ofereceu ao açoite à sua outra face, entregou-se à via-crucis aos olhos dos "bons e dos justos" e inventou um diabo expiatório num deserto muito real... tivesse ele chegado a idade de Zaratustra e saberia que era necessário cultivar a coragem para não vos envergonhardes do ódio e da inveja, pois, "a boa guerra santifica toda a causa!".
Como acessar o Dionísio? A partir do sangue do Cristo. Como superar a vergonha do seu ódio e da sua inveja? Comendo da carne do Cristo. Não à toa os Sátiros eram metade humanos, metade bodes — cantando os ditirambos em ode à Dionísio.
Onde os cristãos — o Império Romano e a Igreja — esconderam Dionísio — cortina de fumaça ante a constelação de arquétipos da mitologia dos gregos: no pobre Jesus Cristo. "Meu Deus, por que me abandonaste?" quer dizer: nunca se atreva à travessia do Cristo, pois, dela se afasta o divino — o que é a mentira contada pelo cristianismo desde sempre, apesar de nunca virar verdade.
Questão que se nos impõe: como ir além, como superar a morte na cruz? Ele se envergonhava do seu ódio aos hipócritas; da sua inveja dos poderosos, da sua maldade... e, por isso, ofereceu ao açoite à sua outra face, entregou-se à via-crucis aos olhos dos "bons e dos justos" e inventou um diabo expiatório num deserto muito real... tivesse ele chegado a idade de Zaratustra e saberia que era necessário cultivar a coragem para não vos envergonhardes do ódio e da inveja, pois, "a boa guerra santifica toda a causa!".
Como acessar o Dionísio? A partir do sangue do Cristo. Como superar a vergonha do seu ódio e da sua inveja? Comendo da carne do Cristo. Não à toa os Sátiros eram metade humanos, metade bodes — cantando os ditirambos em ode à Dionísio.
"Fui compreendido? Dionísio contra o crucificado." Será preciso morrer e nascer de novo? Quantas vezes mais? Será necessário... o eterno retorno da cruz?
"I ascend to heaven again, Oh, how lucky I am!
I descend with the sense of the Earth, Oh, I rebirth!"
"I ascend to heaven again, Oh, how lucky I am!
I descend with the sense of the Earth, Oh, I rebirth!"
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