segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O Céu

O Céu


O céu
pode ir longe
mais ou menos
até o horizonte.

O céu
pode ser em paz
azul ou alaranjado
tanto faz.

O céu
pode não ter cor
como nas mais altas noites
ou nos dias de dor.

O céu ao sul me lembra demais.
O céu acima me deixa jamais.

O céu pode não ter sentido
O céu pode não dizer nada
O céu pode não ser o que eu digo
Mas das tuas barreiras o céu é o limite
O limite do céu
vai além do infinito.


Juliano Berquó Camelo


Um flashback à 2006,
Da época que eu estava
descaradamente influenciado
pela simplicidade desconcertante do livro
"As coisas", de Arnaldo Antunes.

* O poema pode não ter sentido,
O poema pode não dizer nada
(ou dizer muito pouco),
Mas das tuas barreiras o céu é o limite,
já o limite do poema
vai além do infinito.

Bom dia à todos.

2 comentários:

Anderson de Oliveira Melo disse...

Um pitaco sobre este poema:

Indescritível... por uma simples e bela caracteristica: Um poema que eu li conseguiu descrever um pedaço do céu...

Não canso-me de elogiar e apoiar um trabalho virtuoso, bem-feito, por um excelente poeta e amigo.

Parabéns, Berquó!

Abração!

Anônimo disse...

Muito boas rimas, admiro teu trabalho desde que entrei na comunidade do livro livre!
Abraço!