Lembro que um dia, rindo, me deixou pra trás
Desde então eu sofro e temo pelo abandono
E hoje quando me ocorre de amar demais
Ainda abano o rabo como cão sem dono
Sei que não me perdoou ser filho de meu pai
Nem acolhido como igual fui por seus ancestrais
Nem pude ser homem e herdar meus direitos
Veneno devo ter tomado vindo do seu peito
Racistas decadentes que ao mundo consomem
Sempre é tarde demais quando da sua partida
Em mim se encerra sua linhagem, assim me imponho
Ser antítese da gente que ostenta seu nome
Que apostava contra mim na roleta da vida
Com fúria, quero assombrá-los mesmo nos seus sonhos
J.B., 11/05/25
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