O Brasil já nos abandonou uma vez, a nós, seus filhos pródigos, nos mais escuros porões por longos anos. Hoje, dá mostras de que o faria novamente. A ele importa pouco que sejamos os semeadores de um novo futuro: ainda o seu olhar nos fita com cálido horror, indisfarçável rancor. De nossa parte, merecia, este Brasil, gélido desprezo: que aguentemos com paciência de Jó ao rodopio concupiscente do cão rosnando atrás do próprio rabo — metáfora para o estado de espírito da nação hoje.
Nenhum comentário:
Postar um comentário