quinta-feira, 6 de maio de 2010

Fuga

Tenho fugido deste blog
como o diago foge
do rock de hoje em dia.

Pois bem, estávamos em greve, eu enquanto categoria de estudante, e os professores da minha universidade, a UnB. Os servidores ainda estão. E o caos impera.

Culpa também das horas que eu gasto no deficitário (à enesima potência) transporte público de Brasília.

Fiquem com um pequeno, humilde poemeto escrito em uma noite febril.

Fuga


Há algo em mim que é falta

Me sobra um buraco no peito

Já nenhum som me agrada

E o silêncio já não me diz nada


Há algo de viciante

No que antes era perfeito

Um dia, eu quis ser tudo

Tenho medo de hoje ser mudo


Há tempo por demais obscuro

E agora busco por noite a dentro

Subo na torre mais alta

Mas há algo em mim que é falta


Entre as nuvens há só uma estrela

E a luz vagueia pela madrugada

Há algo em mim neste dia

E não posso fugir da poesia



Juliano Berquó.

Boa noite, virtuais seguidores.

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