Eu estrago a minha fantasia se nela visto todo mundo. Igualmente, desgasta-se, torna-se "identidade", familiaridade - aquilo que "conheço" e não mais me inspira vontade de conhecer -, vestindo-a sempre na mesma pessoa. Prudente é, pois que a alegria quer durar a eternidade, que se busque vestir uma determinada gama de pessoas, ou mesmo "coisas", objetos e experiências, de modo que ela, a fantasia, sempre se renove e se mantenha acesa a chama do desejo. Mas muitos pregam uma morte lenta das fantasias... Para estes, minha moral não possui a mínima serventia. E como poderia a felicidade dessa gente que escancara os dentes se confundir com a minha felicidade? Como poderia a minha moral ser a moral de todo mundo? Estragaria, deveras, a minha fantasia.
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