O que determina para onde pende a experiência onírica? A saúde do corpo. Afinal, nunca será tarde demais para lembrar: não há nada além do corpo. Uma digestão pesada, um metabolismo do álcool, leva ao pesadelo e ao horror noturno; o bem-estar, o relaxamento dos músculos após a tensão, a descarga hormonal em equilíbrio leva ao sonho, que eleva, que mostra caminhos simbólicos para a auto-superação. Pois bem: o nosso corpo, enquanto sociedade, está em febre — luta-se dentro dela mesma contra os corpos que a atacam — daí se compreende tantos mal entendidos, quantos enganos...
Não será suficiente um balde de água gelada por dia até 2018 para "estancar a sangria", para recuperar alguma sanidade, o que permitiria aos instintos alcançarem por si próprios os fluxos saudáveis — oxalá houvesse um degelo do ártico sobre nossas cabeças! Me explico: a decadência é a deterioração do instinto, quando se quer aquilo que faz mal, quando se anseia por aquilo que diminui a potência de agir. Febris procuramos nos cobrir, trêmulos, quando deveríamos encontrar, suportar, um bom banho frio!
Estamos procurando os caminhos mais fáceis, os atalhos mais ou menos curtos para a morte, que em nós a doença pede — o fascismo tosco do Bolsonaro ou o populismo cretino do Luís Inácio (espumas das ondas que varrem as praias da nossa era, cada qual a seu tempo... mas, o oceano é muito mais profundo!), tanto faz — quando deveríamos suportar o mais dolorido e, deveras, terrorífico: destruir, nos afastar daquilo que nos faz mal, criar e construir aquilo que é ainda inconcebível...
Nós, os criadores, sabemos o quanto de dor é necessário suportar para tal; sabemos que não é dado a qualquer um suportar qualquer dor... Também aí não compreenderam (talvez assim seja melhor...) Frederico: para muitos, para a maioria, é necessário e até essencial decair — esse é o sentido e a função da democracia. Apenas assim, após a convulsão da gente pequena, a Terra se livra dos supérfluos e oferece, generosa, sua abundância aos fortes — chamemos isso do que quisermos, nós, os herdeiros do futuro, o sentido da Terra.
Não será suficiente um balde de água gelada por dia até 2018 para "estancar a sangria", para recuperar alguma sanidade, o que permitiria aos instintos alcançarem por si próprios os fluxos saudáveis — oxalá houvesse um degelo do ártico sobre nossas cabeças! Me explico: a decadência é a deterioração do instinto, quando se quer aquilo que faz mal, quando se anseia por aquilo que diminui a potência de agir. Febris procuramos nos cobrir, trêmulos, quando deveríamos encontrar, suportar, um bom banho frio!
Estamos procurando os caminhos mais fáceis, os atalhos mais ou menos curtos para a morte, que em nós a doença pede — o fascismo tosco do Bolsonaro ou o populismo cretino do Luís Inácio (espumas das ondas que varrem as praias da nossa era, cada qual a seu tempo... mas, o oceano é muito mais profundo!), tanto faz — quando deveríamos suportar o mais dolorido e, deveras, terrorífico: destruir, nos afastar daquilo que nos faz mal, criar e construir aquilo que é ainda inconcebível...
Nós, os criadores, sabemos o quanto de dor é necessário suportar para tal; sabemos que não é dado a qualquer um suportar qualquer dor... Também aí não compreenderam (talvez assim seja melhor...) Frederico: para muitos, para a maioria, é necessário e até essencial decair — esse é o sentido e a função da democracia. Apenas assim, após a convulsão da gente pequena, a Terra se livra dos supérfluos e oferece, generosa, sua abundância aos fortes — chamemos isso do que quisermos, nós, os herdeiros do futuro, o sentido da Terra.
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