O cristianismo é uma fraude. Não me alongarei nesse ponto. O que me causa certo espanto é um tipo como C. G. Jung declarar as palavras do "nosso Senhor", e o cristianismo de modo geral, algo como "a mais completa constelação de signos que a humanidade já produziu" (em algum lugar dos "Arquétipos do Inconsciente Coletivo"). Nietzsche, mais honesto e infinitamente superior àquele, curado da doença cristã, declara que é uma simples questão de gosto, disposição pessoal, a tendência à esta ou aquela filosofia/modo de pensar, etc. etc., que a razão é um instinto — o primeiro a declará-lo — como um outro instinto qualquer, desenvolvido para a sobrevivência desta ou daquela variação da espécie. Donde se depreende que há uma inescapável hierarquia da inteligência na humanidade... Hoje sabemos: a psicologia é também uma fraude. Uma astrologia pós-científica, uma mentira bem contada. Ou, mais precisa e honestamente, uma arte de enganar. Todavia, não é dada a essa arte de interpretação de símbolos ser para "qualquer um". Para o rebanho, a grande massa de miseráveis distraídos, não é preciso psicologia: há milênios possuem o cristianismo. Como disse, há uma inescapável hierarquia da inteligência...
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