tenho muito a dizer e pouco tempo livre o suficiente pra me dedicar de alma à este espaço.
Mas...
Já fica aqui um 2010 de muitas conquistas à todos. Em 2010 e sempre.
Me despeço com um poema velho, corroído como em sal:
Poesia Necessária
Eu preciso de uns versos
Como nunca antes precisei
E já que hoje a noite
Cheira à poesia,
Faço dessa fria brisa
Aprazível e terno verso.
Eu preciso, eu confesso..
Eu preciso de uns versos
Que há muito suprimidos
E corroídos como em sal,
Vêm tapeando o narciso
Contra o espelho facetado
Do aço, o ferro a enferrujar.
Eu preciso de uns versos
Só o mar já não me basta..
Eu preciso de uns versos
Que pretendam me creditar
Que o refletido do espelho
Não é o último no mundo,
Que os desejos só são os frutos
Do hábito de estar.
Eu preciso de uns versos
Versos de amar.
Juliano Berquó
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