segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Mais 3 músicas no meu LastFM!

Olá.

Há algum tempo eu venho querendo liberar pra humanidade estas 3 canções que dizem muito sobre mim, sobre meu tempo, minhas mudanças e minha força. E, por consequência, falam também do mundo de maneira espelhada.

Pra quem não sabe como ouvir as músicas, é só clicar no texto em azul! Os chamados hiperlinks.
E na página do LastFM clicar no ícone "Play" no canto superior direito da página.

1-De Qualquer Forma:

A primeira é "De Qualquer Forma", letra e música minha, antiga (do primeiro semestre de 2006, começava meu 3º ano do ensino médio..) que eu havia gravado só na voz e violão em 2007 e há pouco tempo tive a ideia de passar guitarras e baixo sobre tudo além de duas vozes dialogando nos canais. A letra já se encontrou em uma das primeiras postagens deste blog, porém eu a deletei pois não via necessidade de estar naquele momento. São duas vozes, vários baixos que eu recortei durante a música e 3 guitarras que saíram na hora (ainda bem!). O melhor diálogo de guitarras que eu construí até o momento.

De qualquer forma

(Juliano Berquó)

Eu não vou mais me preocupar

Com o meu andar:

Com passadas rápidas

mostrando minha pressa;

Com passadas lentas

escondendo o que interessa...

Eu só sei que ficar parado

não me leva a nenhum lado!

Eu não vou mais me preocupar

Com a minha postura:

Com os ombros abertos

demonstrando opulência;

Com os ombros fechados

disfarçando aparências...

Mas eu sei que com os braços cruzados

É a mesma coisa que ficar parado!

Eu não vou mais me preocupar

Com o meu olhar:

Com os olhos cerrados

mostrando minha raiva;

Com o olhar do distante

querendo pensar em nada...

Mas eu sei que com os olhos fechados

seria como estar de braços cruzados!

2-In Suspension I (ou somente In Suspension):

Poema datado de julho de 2007, um momento crucial na minha vida, a mudança para Brasília, os novos rumos surgindo, um novo mundo ainda obscuro.. Foi escrito numa madrugada em frente ao computador, o primeiro escrito diretamente no computador, inclusive, durante uma conversa poético-filosófica com uma amiga.
A música surgiu de uma melodia simplória que com o tempo fui lapidando e surgiu assim, sem querer. E como acontece muito comigo, ela se transformou no momento da gravação (eu sempre improviso alguma coisa e, às vezes, surge algo que me emociona e me dá orgulho, como essa canção) quando improvisei o solo no meio da música e também encontrei o melhor diálogo vocal. São duas vozes principais e uma guitarra. Todas minhas.

In suspension I

(Juliano Berquó)

Na mais alta madrugada

Na mais infantil esperança

‘In suspension’

Suspeito de tudo

De cada palavra

Sempre em preto e branco

(O verso é em esperanto)

A verdade é mentira

E a mentira também

Negando a razão

Também não há

Como o sol às duas da manhã

E a lua às três da tarde

Tarde da noite,mais nada.

Já não consigo dormir mais antes das seis

Sem whisky escocês, um copo ou dois

(A palavra já não vale nada,

A idéia é muito mais importante.)

...

...

...

3- A Moda:

É rock!

A terceira canção desta leva data do começo de 2007. A letra era um texto experimental que eu nem dava muito valor por ser uma mistura (até então) duvidosa de poética com rock. E quando eu comecei o meu cursinho (pois havia passado na unb ao fim do meu 3º ano mas, por problemas familiares, não tive como me mudar na época, então permaneci em Goiânia mais um semestre, pra conhecer grandes amigos, acredito), eu propus uma parceria com um grande amigo, Ricardo Batista. que tomou a letra e compôs a base das estrofes e a bela melodia que eu reproduzo na guitarra solo. De minha parte, o refrão e a mundaça no meio da canção ("Quem dita a moda não muda?...").
Das minhas preferidas, considero a canção uma celebração das amizades, daquele meu tempo inocente e ainda sem grandes responsabilidades. A letra fala muito por si, e acho que fala o clichê, que o senso comum e o bom gosto geral não me servem, que as pessoas agem inconscientes e disso quase ninguém foge e se é que alguém foge, é tido como louco.
2 guitarras, baixo, 2 vozes.

A Moda*

(Juliano Berquó/Ricardo Batista)

Ninguém é feliz

ninguém vive em paz

Todos querem sempre mais

sem saber o que querer

A moda muda

mas nada muda nunca.

O som alto me dá

o que eu não consigo escutar

no silêncio.

O silêncio me traz

o que eu não tenho:

paz.

A moda muda

mas nada muda nunca.

Quem dita a moda não muda?

(A moda é muda!)

O mundo é muito grande

E as grades que nos protegem

não medem esperança,

não pedem por mudança.

A moda,muda,

não muda (nada) nunca.


*Dedicada à Diego, Fernanda e Ricardo. Aos grandes amigos, um grande abraço.


Até a próxima.

Juliano Berquó.